A COVID-19 chegou transformando a nossa realidade e nos trazendo diariamente a necessidade de adaptação e criação de novos protocolos para combater a doença. E isso afetou também a rotina dos dentistas, pois a COVID-19 afeta também a cavidade oral, gerando manifestações em mais de 25% dos pacientes infectados. E quando esses pacientes evoluem e são internados em estado moderado ou grave, esses números sobem ainda mais, podendo chegar a mais de 50% dos pacientes acometidos.
Quer entender mais como o coronavírus pode gerar manifestações orais? É só continuar a leitura!
Principais manifestações orais do COVID-19
Como citamos anteriormente, muitos pacientes acometidos por COVID-19 têm manifestações orais. A seguir, apresentamos as principais:
- Disgeusia (alteração no paladar)
- Úlceras bucais
- Xerostomia (sensação de boca seca)
- Sensação de ardência bucal
- Descamação da mucosa
- Infecções oportunistas, como infecções fúngicas.
Como aliviar os sintomas do COVID-19
Não se sabe ao certo ainda se essas manifestações orais são consequência direta da infecção ou uma consequência sistêmica devido ao comprometimento imunológico e a reações adversas ao tratamento e as medicações utilizadas. Todavia, o que se sabe é que elas são muito incômodas e podem debilitar ainda mais o paciente. E aí, mais uma vez, o dentista se mostra indispensável no auxílio à saúde geral do paciente.
Na maioria destas manifestações o dentista pode (e deve) tratá-las ou pelo menos ajudar a reduzir os sintomas, proporcionando conforto para o paciente e melhorando a qualidade de vida. Cabe a nós dentistas lançar mão de todas as alternativas para proporcionar uma melhora no quadro do paciente, como utilizar a laserterapia, medicamentos para combate das infecções e bochechos enzimáticos que aliviam os sintomas.
O papel do dentista vem sendo cada vez mais essencial no combate à COVID-19, evitando complicações da doença, pois o não tratamento de lesões como úlceras e infecções oportunistas podem ser uma porta de entrada ainda maior para o agravamento da doença. Além disso, devemos lembrar que em pacientes com quadros mais avançados e internados em hospital, a presença do dentista se faz ainda mais essencial, podendo diminuir o tempo de internação, reduzindo infecções respiratórias e a necessidade de ventilação mecânica em até 56%.
Mais do que nunca, o trabalho do dentista vem sendo reconhecido e fomos convidados a entrar na linha de frente no combate ao COVID-19. Por isso, é de extrema importância que todos os profissionais estejam atualizados e inteirados dos cuidados que devem ser oferecidos ao paciente infectado, tanto na fase sintomática como no pós infecção.
Laís Fernandes Romanato
Cirurgiã Dentista / Periodontista
CRO 23624